Quem diria? Uma juventude baladeira e comunista!? "Vamos estar fazendo a revolução". "A reunião do sindicato vai ser lá na Rave entre um hit e outro". O PC do B decidiu seguir a tendência e anda investindo nos sindicatos "emergentes" dos telemarketings, os metalúrgicos da vez. Utilizam linguagens em moda para "doutrinar" as novas cabeças, tem laços estreitos com a chamada cultura jovem e "governa" a UNE há mais de 20 anos. Vale a penas ler a reportagem de Gilberto Nascimento para a Carta Capital.
domingo, 15 de novembro de 2009
domingo, 8 de novembro de 2009
Alguma coisa acontece no meu coração... que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João
Reler "Malagueta, Perus e Bacanaço" de João Antônio foi o grande deleite que me permiti realizar neste sábado. Andar pelas ruas da "Paulicéia Desvairada", conviver com suas personagens típicas: os coiós, as piranhas, os mocorongos, os trouxas, os pixotes, os cavalos-de-teta, os otários, os vida mansas, enfim, os malandros, os vagabundos na luta pela sobrevivência.
Em torno de uma ética da sinuca surgem esses diferentes tipos sociais que povoam ou povoavam a grande metrópole. O ganho fácil e raro dos malandros de plantão que esperam dias para dar o golpe em algum coió. Até chegar a maré de azar que os levam direto para a boca de alguma piranha, o policial corrupto, o malandro da lei, que vive a espreita para surrupiar e humilhar os vagabundos.
João Antônio mostra a podridão da vida, o seu lado escuro, que pouco aparece nos livros de poesia, mesmo sendo a mais bela poesia. Não há inocentes na pena desse escritor que também foi boêmio.
Ele sabe e descreve o malandro cafetão, que bate na mulher que se vende para sustentá-lo. Aquele que a espanca mesmo quando ela lhe traz o ganho de sua labuta. Sabe que ele bate apenas para que ela não esqueça quem é que manda. Assim é Bacanaço.
Há também o alcoólatra desempregado que mora no morro e vive a custa de favores e esmolas como Malagueta.
O jovem órfão que vive a solta na escola diária da malandragem como Perus. Mas há muitos outros, todos anti-heróis nessa vida nada heróica, trágica e infeliz que se desenrola como numa partida de sinuca:
"Cada um tem a sua bola numerada e que não pode ser embocada. Cada um defende a sua e atira na do outro. Aquele se defende e atira na do outro. Assim, assim, vão os homens nas bolas. Forma-se a roda com cinco, seis, setes e até oito homens. O bolo. Cada homem tem uma bola que tem duas vidas. Se a bola cai o homem perde uma vida. Se perder as duas vidas poderá recomeçar com o dobro da casada. Mas ganha uma vida só...
Fervia no Joana d'Arc o jogo triste da vida".
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Sutilmente (Samuel Rosa e Nando Reis)
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
http://www.kboing.com.br/script/radioonline/radio/player.php?musica=1006243&op=1&rd=523231
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
http://www.kboing.com.br/script/radioonline/radio/player.php?musica=1006243&op=1&rd=523231
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