sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Era uma vez uma pelada... de futebol


Quando criança, entre os meus 7 e 8 anos, lembro ter lido uma crônica (hoje eu sei que é neste gênero que o texto se enquadra), que me fez dar mais importância aos livros, pois até então a minha preferência era por gibis: Disney, Maurício de Souza, depois, DC Comics, Marvel, etc. Naquela idade ainda achava os livros chatos, sem imagens, letras grandes... Como perder uma pelada (futebol de rua) para ler um livro?
Com certeza, não seria bem visto por meus amigos. Aí está também a importância desta crônica em minha vida, foi ela que abriu os horizontes e me mostrou que a leitura também podia ser divertida. E por coincidência, adivinha qual era o título da crônica? Para deixar de lado uma bela partida de futebol de rua, só poderia ser mesmo uma crônica que falasse do tal futebol de rua, de uma maneira simples e mágica ao mesmo tempo, que utilizava recursos reais e imaginários de forma encantadora.
É assim que Luís Fernando Veríssimo, retrata um dos momentos mais característicos dos meninos suburbanos do Brasil, que, atualmente, se refugiam enclausurados em quadras herméticas, sem luz, sem vida, sem emoção, para escapar dos prédios e carros das grandes metrópoles, que colocam em extinção a boa e velha pelada de rua.
Talvez, aí esteja um dos maiores problemas do futebol brasileiro atual: a sua falta de imaginação, o seu excesso de pragmatismo, enfim, a sua chatice costumeira. Para os amantes das peladas e também para aqueles que não as apreciam muito, vai uma dica muito prazerosa: ler “Futebol de Rua” de Luís Fernando Veríssimo.

VERÍSSIMO, Luis Fernando. Para gostar de ler 7. São Paulo: Ed. Ática, 1982.
https://contobrasileiro.com.br/futebol-de-rua-cronica-de-luis-fernando-verissimo/

Contra os Teóricos do Caos



Contra os teóricos tupiniquins do caos, alguns dados:


Teóricos do caos:
"O Brasil tem uma das maiores carga tributária do mundo"

É verdade, mas para não ficarmos reproduzindo propagandas via facebook e whatsapp sem reflexão, façamos um cálculo simples:

Carga Tributária brasileira = 36%
PIB 2014: R$ 5 trilhões (aprox.)
Renda per capita: R$ 25 mil
Conclusão: cada brasileiro paga em média R$ 760 reais de impostos!
Conclusão, em termos de carga tributária progressiva, em possui mais pagaria mais, é uma das menores do mundo!
Ricos no Brasil, não pagam impostos!
O Brasil é o paraíso dos rentistas!

Teóricos do caos:
"O problema do Brasil é a corrupção!"

É verdade, é um dos problemas, mas, de novo, para não ficarmos reproduzindo propagandas via face e whatsapp sem reflexão, façamos um cálculo simples:

Dados da FIESP: o país perde 100 bilhões em corrupção.
Este valor representa 1,9% do PIB.
Conclusão: nem de longe é o pior problema do Brasil!
O valor que o país deixa de arrecadar com sonegação é muito maior!

Teóricos do caos:
"Nos Estados Unidos a carga tributária é de 27%".

É verdade, mas, de novo, para não ficarmos reproduzindo propagandas via face e whatsapp sem reflexão, façamos um cálculo simples:

Nos EUA não tem saúde pública universal!
Não há ensino superior gratuito!
Não há sistema de aposentadoria e pensões do Estado!

Teóricos do Caos nos impõe verdades parciais que escondem outros fatos:

O problema da carga tributária é que ela está restrita ao consumo e aos salários -76%, ou seja, os que menos têm, pagam mais (impostos regressivos)!
Não há imposto sobre fortunas no Brasil!
Não há controle de evasão de divisas eficiente!
Impostos sobre propriedade significa apenas 4% da arrecadação tributária!

A corrupção é um problema muito sério, mas não se restringe a um país, a um governo, a um partido, nem mesmo a empresas públicas e, pior, os agentes da corrupção estão na iniciativa privada, é lá que estão os corruptores!

Portanto, toda e qualquer colagem de postagem nas redes sociais que coloque a corrupção como um problema do:
Governo,
Partido,
Empresa estatal ou
País.

Em vez de esclarecer ou contribuir para a "politização" do "povo" está fazendo justamente o inverso:
Encobrindo os principais problemas do País;
Dificultando o pensamento autônomo das pessoas;
Impedindo as pessoas de compreender o funcionamento da política brasileira
E até mesmo, gerando um sentimento de recusa à própria democracia!

Lembrando:
Quem escolhe os políticos somos nós, e ainda bem!
Os políticos não são de outro planeta, vem da nossa sociedade, a mesma sociedade que aceita pagar propina ao policial, a furar fila, a ser indicado para um emprego, a votar em troca de ganhos econômicos ou sociais:
vagas em escola,
nomeação em cargo público,
isenção de taxa,
agilidade em processos,
etc.

Observação: a intenção desta postagem não é dizer que o Brasil vai bem, é apenas fomentar reflexões mais amplas do que as das simples colagens de postagem nas redes sociais.

Alguns argumentos têm como base a seguinte fonte:
 "Onde está o Estado?" de Róber Iturriet Avila (Doutor em Economia)