Quando
criança, entre os meus 7 e 8 anos, lembro ter lido uma crônica (hoje eu sei que
é neste gênero que o texto se enquadra), que me fez dar mais importância aos
livros, pois até então a minha preferência era por gibis: Disney, Maurício de
Souza, depois, DC Comics, Marvel, etc. Naquela idade ainda achava os livros
chatos, sem imagens, letras grandes... Como perder uma pelada (futebol de rua)
para ler um livro?
Com
certeza, não seria bem visto por meus amigos. Aí está também a importância
desta crônica em minha vida, foi ela que abriu os horizontes e me mostrou que a
leitura também podia ser divertida. E por coincidência, adivinha qual era o
título da crônica? Para deixar de lado uma bela partida de futebol de rua, só
poderia ser mesmo uma crônica que falasse do tal futebol de rua, de uma maneira
simples e mágica ao mesmo tempo, que utilizava recursos reais e imaginários de
forma encantadora.
É
assim que Luís Fernando Veríssimo, retrata um dos momentos mais
característicos dos meninos suburbanos do Brasil, que, atualmente, se refugiam
enclausurados em quadras herméticas, sem luz, sem vida, sem emoção, para
escapar dos prédios e carros das grandes metrópoles, que colocam em extinção a
boa e velha pelada de rua.
Talvez,
aí esteja um dos maiores problemas do futebol brasileiro atual: a sua falta de
imaginação, o seu excesso de pragmatismo, enfim, a sua chatice costumeira. Para
os amantes das peladas e também para aqueles que não as apreciam muito, vai uma
dica muito prazerosa: ler “Futebol de Rua” de Luís Fernando Veríssimo.
VERÍSSIMO, Luis Fernando. Para
gostar de ler 7. São Paulo: Ed. Ática, 1982.
https://contobrasileiro.com.br/futebol-de-rua-cronica-de-luis-fernando-verissimo/
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