terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Adeus, Lenin... Adeus a nós!



Recentemente assiti ao filme: Adeus, Lenin. Fiquei impressionado por vários motivos, o principal foi talvez a crítica sutil que faz a este mundo consumista e sem sentido em que vivemos, e que engoliu todos os outros mundos possiveis, talvez.

Até mesmo aquele mundo patético a que alguns novos e velhos liberais insistem em chamar de comunismo. Mundo aquele criado sobre formalidades triviais, excessivamente regrado e previsível, mas que era o porto seguro, e por certo uma segurança bastante confortável quando comparado com a imprevisibilidade deste nosso mundo.

O mundo do out door da coca-cola (símbolo da abertura econômica) que quase coloca tudo a perder, e na verdade coloca tudo a perder, pois a partir dali nada é mais certo, a segurança burocrática da rotina tediosa sede lugar ao "todos contra todos" e ao "tudo ao mesmo tempo agora".

Talvez seja um filme nostálgico, se centrarmos na personagem que desperta do coma, mas não seria o caso de sentirmos um pouco de nostalgia estando confinados num mundo sem lugar, deslocado constantemente, em que sentimentos inconstantes se confundem até ceder espaço à frieza e ao medo do outro, e de nós mesmos?

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