sexta-feira, 13 de março de 2009

Crônicas do Futebol I

Canhoteiro, o gênio

Dizem alguns que têm bem mais primaveras do que eu, que Garrincha seria menos idolatrado se um certo jogador do São Paulo, o maior de todos que vestiu a gloriosa camisa tricolor, não tivesse um medo patológico por aviões.


Essa seria a explicação plausível para o fato de um jogador tão talentoso que, diziam, distribuía laranjas com os pés para os outros jogadores fazendo embaixadinhas, não ter deslanchado na seleção brasileira e ter perdido a vaga de ponteiro esquerdo na escalação de Feola para a Copa de 1958, para um medíocre jogador chamado Zagalo.


José Ribamar de Oliveira, porém, não era apenas uma malabarista da bola, era também um jogador objetivo que fazia muitos gols, fez 103 pelo São Paulo.


Se tivesse dado certo, mas na vida quase sempre isso não acontece, talvez, atualmente, conheceríamos Garrincha como o jogador que fazia na direita o que Canhoteiro fazia na esquerda. Era também boêmio.


Canhoteiro, esse era o nome dele, como escreveu Renato Pompeu em sua biografia sobre o craque: “Canhoteiro: o homem que driblou a glória” é uma página esmaecida e apagada de nossa história que merece ser enaltecida.


VIVA CANHOTEIRO!

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