Itaúnas, Espírito Santo
A volta de uma viagem de férias é
sempre mais sem graça que a de ida. Também pudera, voltar para o batente não é,
convenhamos, a melhor coisa do mundo. Aí é que mora o perigo, o planejamento
quando existe, nestes casos, sempre é feito de forma indolente, sem a atenção
devida.
Prado, Bahia
Vamos ao caso: estávamos em
Prado, Bahia, passando por Itaúnas no Espírito Santo, vindo de Uberlândia,
Minas Gerais. Para voltarmos, não precisaríamos passar novamente pelo Espírito
Santo, portanto, tínhamos que pensar em outro itinerário para volta.
Itinerário de volta.
Como sempre, deixamos esta tarefa
modorrenta para o final. E tão inglória que é perder tempo de férias planejando
a volta para o trabalho, decidimos planejá-la no boteco bebendo cerveja. Já se
pode antever... deu m....
Algumas cervejas depois,
resolvemos consultar o oráculo dos tempos modernos... o nosso Google, mais
especificamente, o Maps. Entre brindes, risadas e gozações, ficou decidido que
iríamos através da BA-001 para seguirmos pela BR-418 cortando a BR-101 até a
BR-116 já em Minas Gerais, onde pegaríamos a BR-381 até a grande Belo
Horizonte, depois seguiríamos pela BR-262 até Araxá, onde a direita
continuaríamos pela BR-452 até Uberlândia, perfeito!
Mais ou menos 2 minutos depois, voltamos
às cervejas integralmente... pois estava tudo certo... E era a última noite! Pela
manhã seguiríamos viagem de volta para casa, para o trabalho e todas as
obrigações cotidianas, como estava tudo certo, voltamos para curtição dos
últimos momentos. Certo? Certíssimo!
A não ser por um mero detalhe: os
20 quilômetros sem asfalto no final da BR-418. Para piorar, uma chuva forte na
noite anterior fez estes 20 KM tornarem-se eternos e infinitos, já que estavam
cobertos de uma lama compacta e escorregadia, com vários pontos de atoleiros.
Em suma, uma viagem tranquila de férias, tornou-se uma aventura inesperada,
isso até atolarmos, pois depois disso a coisa ficou desesperadora mesmo.
Misto de lama e carro.
Até que uma boa alma de um
caminhoneiro passando em sentido contrário, resolveu parar e oferecer ajuda.
Depois de duas cordas arrebentadas e mais terror por pensarmos que poderíamos
passar o resto do dia e quem sabe a noite naquele ponto esquecido da Bahia,
perto de lugar nenhum e longe de todos; finalmente o carro, eu disse carro?
Não, era na verdade, um misto de lata e lama que começou, enfim, a se mexer e
sair do atoleiro. Mais 10 quilômetros tensos e ninguém pode imaginar a alegria
que foi ver um asfalto esburacado por de baixo de nós. Foi uma euforia só!
Lama compacta e escorregadia.
O carro, pós lava-jato.
Assim, aprendemos uma grande lição:
se beber, não consulte o Google Maps!
2 comentários:
Cara, essa viagem dá um livro!!
Sou GhostWriter heim!!!
Escritor fantasma, como assim? hehehe
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