domingo, 25 de agosto de 2013

Se for beber, não consulte o Google Maps - Roteiro de uma viagem (parte II)






Itaúnas, Espírito Santo

A volta de uma viagem de férias é sempre mais sem graça que a de ida. Também pudera, voltar para o batente não é, convenhamos, a melhor coisa do mundo. Aí é que mora o perigo, o planejamento quando existe, nestes casos, sempre é feito de forma indolente, sem a atenção devida.

Prado, Bahia



Vamos ao caso: estávamos em Prado, Bahia, passando por Itaúnas no Espírito Santo, vindo de Uberlândia, Minas Gerais. Para voltarmos, não precisaríamos passar novamente pelo Espírito Santo, portanto, tínhamos que pensar em outro itinerário para volta.

 Itinerário de volta.

Como sempre, deixamos esta tarefa modorrenta para o final. E tão inglória que é perder tempo de férias planejando a volta para o trabalho, decidimos planejá-la no boteco bebendo cerveja. Já se pode antever... deu m....

Algumas cervejas depois, resolvemos consultar o oráculo dos tempos modernos... o nosso Google, mais especificamente, o Maps. Entre brindes, risadas e gozações, ficou decidido que iríamos através da BA-001 para seguirmos pela BR-418 cortando a BR-101 até a BR-116 já em Minas Gerais, onde pegaríamos a BR-381 até a grande Belo Horizonte, depois seguiríamos pela BR-262 até Araxá, onde a direita continuaríamos pela BR-452 até Uberlândia, perfeito!
Mais ou menos 2 minutos depois, voltamos às cervejas integralmente... pois estava tudo certo... E era a última noite! Pela manhã seguiríamos viagem de volta para casa, para o trabalho e todas as obrigações cotidianas, como estava tudo certo, voltamos para curtição dos últimos momentos. Certo? Certíssimo!

A não ser por um mero detalhe: os 20 quilômetros sem asfalto no final da BR-418. Para piorar, uma chuva forte na noite anterior fez estes 20 KM tornarem-se eternos e infinitos, já que estavam cobertos de uma lama compacta e escorregadia, com vários pontos de atoleiros. Em suma, uma viagem tranquila de férias, tornou-se uma aventura inesperada, isso até atolarmos, pois depois disso a coisa ficou desesperadora mesmo.

 Misto de lama e carro.
Até que uma boa alma de um caminhoneiro passando em sentido contrário, resolveu parar e oferecer ajuda. Depois de duas cordas arrebentadas e mais terror por pensarmos que poderíamos passar o resto do dia e quem sabe a noite naquele ponto esquecido da Bahia, perto de lugar nenhum e longe de todos; finalmente o carro, eu disse carro?


 Lama compacta e escorregadia.

Não, era na verdade, um misto de lata e lama que começou, enfim, a se mexer e sair do atoleiro. Mais 10 quilômetros tensos e ninguém pode imaginar a alegria que foi ver um asfalto esburacado por de baixo de nós. Foi uma euforia só!

O carro, pós lava-jato.

Assim, aprendemos uma grande lição: se beber, não consulte o Google Maps!

2 comentários:

Clio & Dionísio disse...

Cara, essa viagem dá um livro!!
Sou GhostWriter heim!!!

Adonile disse...

Escritor fantasma, como assim? hehehe